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8.9.11
existem todas as formas de
se escrever e nenhuma de
se ler
6.9.11
das palavras gastas e
dos gestos por acabar
17.4.11
já não sei bem escrever as
palavras que me calam à noite
14.4.11
tens todos os sussuros
calados nas tuas mãos
24.2.11
não percamos tempo a medir
as palavras que não dizemos
soltam-se os gestos que dizem
tudo aquilo que não se pode
escrever
21.2.11
mantenho o olhar parado
na noite até ver-te chegar
5.12.10
danças com as palavras
como quem dança com
a luz
23.11.10
semeias no teu olhar
sonhos que desenhas
com a ponta das tuas
mãos
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